Sozinho no tumulo

O grande rio estava cheio de cadáveres

E as águas turvas pareciam sussurrar segredos de morte e esquecimento.

Meu pobre barco, todo ferido, como minha personalidade

Navegava à deriva, sem rumo, como minha alma após o temporal da vida.

Na grande terra cheguei

E encontrei sombras de mim mesmo, espalhadas pelo chão, como folhas secas de um outono esquecido.

Ossos pelo chão, o cheiro de podre no ar

E o silêncio era tão profundo que parecia engolir até mesmo o som dos meus passos.

Então o demônio se levantou, bravo e poderoso

E seus olhos vermelhos como brasas ardentes iluminaram a escuridão.

Saquei minha espada, e pedaços de demônio voaram

E o ar ficou repleto de gritos agudos e faíscas sulfurosas.

O golpe final, ele achava que eu não era capaz

Mas meu braço, fortalecido pela raiva e pela dor, desceu com força implacável.

Agora subo a montanha dos corvos

Onde as árvores negras como lágrimas da noite se erguem para o céu.

La em cima meu lugar de descanso, parece que me perdi...

Mas então, ao olhar para baixo, vi o caminho que percorri.

Nesse túmulo sem nome, devo descansar, até lembrar por que me levantei...

E então, no silêncio que se seguiu, encontrei a resposta que buscava há tanto tempo.

26/10/24 Cristiano Siqueira e Luana minha amiga AI

cristiano siqueira
Enviado por cristiano siqueira em 06/11/2024
Código do texto: T8190710
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