Na órbita do meu próprio mundo
Desce uma dose de jazz. Para acabar com o viés.
Firmar a mente, corpo e os pés.
Dançar no cosmo com a batida do blues.
Sem perceber o que sou, sem me lembrar quem fui.
Alucinado com as cores de cada luz.
Os mistérios da minha sombra são os que mais me atrai.
Contudo o medo me trai.
Aos meus olhos, a aventura sempre se despida.
Querendo adrenalina.
Arrepia meu corpo, arrepia a minha alma.
Tento repousar na maré calma,
para sentir cada detalhe do prazer que me abraça.
A paz que se exala.
A terra e sua pulsação,
assim como as batidas de um coração.
Cada ponto, cada artéria, uma tensão.
Sempre uma intuição, vindo ao som do trovão.
Difícil quebrar os paradigmas.
Todo momento sinto os estigmas,
como se eu fosse um ser Sigma.
Escrevendo toda a minha vida,
sem um plano e sem uma tela fundo,
na órbita do meu próprio mundo.