Fragmentos de Sonhos e Gritos

Em cada canto da alma há um pouco de mar,

Fernando Pessoa disse, entre tantos eus sem nome,

despertando curiosidade do próprio eu.

Caio Fernando Abreu, perdido em becos escuros do desejo,

desenha mundos onde tudo explode em cores,

mesmo que desamores.

E Cazuza canta a falta de sentido,

como quem faz das perdas uma festa,

"Eu vejo o futuro repetir o passado"

em espelhos que riem das sdombras do amor.

Veríssimo rabisca ironias de dentro,

oscilando entre e o absurdo,

onde o riso é o caos da ordem,

e o tempo um espelho que não nos reconhece.

Assim, juntos voamos entre versos,

entre frases torta e almas que se perdem,

num surrealismo de almas partidas,

onde o ser é um sonho, e viver é um grito!