Bala Prateada

Uma bala prateada,

Está em meu âmago,

Percorre minha alma,

Disparada em meu coração,

Acertou o alvo deixando estilhaços,

Agora vivo meio lobo, meio humano,

Com um buraco de vazio existencial,

No horizonte de desavenças da vida,

Escrevi meu próprio roteiro solitário,

Sem câmeras, holofotes ou claquetes,

O cenário são as montanhas ao redor,

A trilha sonora os uivos para a lua cheia,

Uma bala prateada,

Percorre o meu sangue,

Dói em minhas lembranças,

Queima meus pensamentos,

Cala minha voz cansada de guerras,

Enquanto observo do alto do cume,

As formigas humanas com suas tochas,

Buscando bruxas para suas fogueiras,

À caça das criaturas dos recônditos,

Perdendo-se em florestas densas,

Meus olhos choram lágrimas prateadas,

Misturando-se às estrelas cadentes,

Quando me dissolvo em contos de Halloween...