SEGURO
Francisco de Paula Melo Aguiar
Seguro morreu de velho
Desconfiado está vivo
Se olhando no espelho
Se achando novo e ativo.
Seguro morreu de velho
Fazendo o que pode
Se olhando no espelho
E só Deus lhe acode.
Seguro morreu de velho
Andando de charrete
Se olhando no espelho
Fazendo a barba com gilete.
Seguro morreu de velho
Compra, deve e não nega
Se olhando no espelho
Tomando uma na bodega.