ESPELHO DO TEMPO
Em asas de peixe, o céu se dobra,
Estrelas líquidas caem, sem pesar,
Um rio de nuvens em névoa sobra,
E o sol dissolve no sonho do mar.
Flores dançam em pedras flutuantes,
Enquanto pássaros arriscam o papel,
Espelho do tempo em mãos distantes,
Que escrevem destinos no próprio céu.
E quando o relógio desiste do instante,
Tudo se faz eterno e o real se desvia,
Pés no chão, mas uma alma errante,
Desperta sonhos em meio à fantasia!