SALA DE ESTAR
Meu ego, meu abrigo
Bem quieto
Você apaga a luz eu a ligo.
No céu, um elo
Vejo uma cruz
Me dê alguns pregos e um martelo
Um silêncio, sozinho
Muita fome
Sem hóstias nem vinho
Uma luz... fria
Uma suave brisa
Sopra por toda minha espinha
Sangue e humilhação
Muito ódio
Vi tudo escorrendo
Pingava entre os dedos da minha mão
Falsa alegria
A família concentrada
A sobrinha não fala com a tia
Ninguém responde à cunhada
Chuva, morte e inundação
Estou com os pés secos
E o meu coração?
Estórias repetidas,
Em novos cenários
Vendendo mercadorias
Cobrando bem caro
Invadem sua casa
Você gosta desse espetáculo
Levam seu tempo
Eu, permaneço calado