SALA DE ESTAR

Meu ego, meu abrigo

Bem quieto

Você apaga a luz eu a ligo.

No céu, um elo

Vejo uma cruz

Me dê alguns pregos e um martelo

Um silêncio, sozinho

Muita fome

Sem hóstias nem vinho

Uma luz... fria

Uma suave brisa

Sopra por toda minha espinha

Sangue e humilhação

Muito ódio

Vi tudo escorrendo

Pingava entre os dedos da minha mão

Falsa alegria

A família concentrada

A sobrinha não fala com a tia

Ninguém responde à cunhada

Chuva, morte e inundação

Estou com os pés secos

E o meu coração?

Estórias repetidas,

Em novos cenários

Vendendo mercadorias

Cobrando bem caro

Invadem sua casa

Você gosta desse espetáculo

Levam seu tempo

Eu, permaneço calado

Ton de Moraes
Enviado por Ton de Moraes em 12/01/2008
Reeditado em 02/08/2018
Código do texto: T814615
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