Oco

Abre-me uma gaveta ao peito

E cabe o infinito ali dentro

infinito da plantação

Rasga-me uma gaveta ao peito

E o peito é oco de amor

de ódio

de conquistas

de danos

Abre-me o closet rasgado

onde o peito bate vida ritmada

onde o segredo é realista

onde o mogno é surrealista

Rasga-me a gaveta aberta

e o peito sangrando

Um sangue branco

branco da cor do oco

oco da colheita

silencioso como a gaveta

Eis a ressonância do oco.

Chandler Jr
Enviado por Chandler Jr em 12/01/2008
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