FLORESTA INTERIOR
Perdida na floresta, vasta e verde,
Onde o céu se esconde,
O ar úmido e quente sufoca minha essência,
E as formigas, guardiãs, cravam-se em minha alma.
A sede me consome, sem água para saciar,
Até que a chuva começa a cair.
Acolho cada gota com fervor,
E o frescor finalmente envolve o meu ser.
Adiante, encontro um rio,
Como serpente, guia meu caminho.
Ando às margens, envolta em seu trajeto,
Desvendo a paisagem, que me faz refletir,
O céu, agora límpido, sorri neste seguir.
A liberdade me abraça com suavidade,
Após tanto andar, encontro uma cabana sem finalidade.
Será abrigo passageiro a me tentar?
Entro, descanso, mas sinto o mundo a me chamar.
Ainda há trilhas ocultas a me atrair,
Parto, e em outra estrada decido seguir,
Cansada, mas firme, meu lar vou descobrir.
Finalmente o encontro,
Mesmo neste mundo de incertezas sem fim.