Transcrição de memórias ventanas

Os céus, em vossos olhos fazer denegrir

Pintando de cor profunda a alma que se abisma sem a infligir.

A estátua, um coração de pedra faz um líquido fluir

E a morte interpreta o papel da vida no teatro para deixar de sucumbir

Obras que desistiram de serem felizes e agora estam apenas a abluir.

Em noite, manto negro cobrindo vossas almas, a ampulheta a fugir

E a esperança é consumida pelo ser que só possui ossos e se alimenta do desistir.

Uma nota de redenção em uma mata de palhaços, mas parecem não querer me ouvir

O reflexo nos pedaços onde cada imagem é um grito mudo que está a coexistir

Onde a consciência vaga em um limbo sem forma para proferir.

O tigre de botão que está a coexistir com o dragão mártir

Em desertos chuvosos o oásis de palavras subjugados estão a existir

Neles as raízes dos quadros tentam eclodir.