O HOMEM ACÉFALO
Desfruta o momento feérico
Numa nave alegórica
Tecendo uma suave tática
Deglutindo o líquido límpido
Música sem ferir os tímpanos
E entre olhares tímidos
Imagens e olhos lúgubres
A rua deserta e estulta
Em cada quarteirão um trauma
O show continua em uivos
Termina ínfimo, sem aplausos
Com um sentimento tácito
Um mar de água e escombros
Transtornando a noite insana
A proclamação inglória
E o disfarce simbólico
O títere de éter acéfalo
Segue num infindo bélico.