O HOMEM ACÉFALO

Desfruta o momento feérico

Numa nave alegórica

Tecendo uma suave tática

Deglutindo o líquido límpido

Música sem ferir os tímpanos

E entre olhares tímidos

Imagens e olhos lúgubres

A rua deserta e estulta

Em cada quarteirão um trauma

O show continua em uivos

Termina ínfimo, sem aplausos

Com um sentimento tácito

Um mar de água e escombros

Transtornando a noite insana

A proclamação inglória

E o disfarce simbólico

O títere de éter acéfalo

Segue num infindo bélico.

Joel de Sá
Enviado por Joel de Sá em 08/08/2024
Código do texto: T8124417
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