Ecos em desordem

Casas de cartas se erguem e correm sem temer

Enquanto nuvens de tinta pintam o céu de cinza para as enaltecer.

Os prédios são como sonhos de pedra, e os habitantes, marionetes de vento tentando dizer...

SOCORRO, QUEIMEM MINHA ALMA PARA PODER FLORESCER!

Os sinaleiros balançam em ritmos descompactados tentando ascender,

Um mundo onde as fontes são nuvens a desenvolver

E as árvores contam histórias para desfalecer.

Um gato de porcelana tenta minha vida ler

Enquanto os falecidos cantam óperas em línguas distintas para transcender

E o tempo se curva ao espaço para se resplandecer

E a beleza surge da mais pura loucura do amanhecer.