Nenhuma morte repousa em seu feitiço
A arte escorre pelas paredes da existência
Transmisoginia, sombra que se dissipa
Viver, ato de insubmissão
Resistir, verbo enraizado no caos
Suas magias, palavras frágeis
Não cortam a carne do espírito
Nenhuma morte repousa em seu feitiço
O veneno goteja, mas é para vocês
No cenário em preto e branco de um filme noir
O jazz sussurra segredos ocultos
Sinta o gosto amargo da própria criação
Bebam, bebam o veneno que destilaram
M.V.
Agosto de 2024