O APOCALIPSE DE BARRET....

Os olhos da noite se esbugalharam

E rolaram como estrelas pelos céus

Era perdido o encanto e não havia luar

Porque a lua estava morta e cor de cera

As aves noturnas agouravam o tédio

Que a morbidez do dia produzira

Passavam sonolentos coveiros carpindo

Para um enterro a noite, da noite e do dia

O frescor se tornou pegajoso e fétido

Havia tremores, e labaredas no céu

Caiam pedras e o mar engolia a terra

O caos do medo se escondia ao léu

O sol era escaldante, insuportável

Queria cozinhar junto o juízo

Do pecador e do justo vorazmente

Sem tempo para uma oração

Quando o chão se abriu num estrondo

E no céu a claridade era imensa ofuscante

O crente falou devorando a bíblia

É, é, o fim do mundo, acreditam agora?

Mas como todo bom baiano, que já sou!

Fixei a atenção no Word, na poesia que fazia!

Se era o fim do mundo pra que tanta agonia

Era só esperar acabar...