Só hoje (poema primeiro)
Hoje quero dormir
como um simples mortal
pequeno, a dor a flor da pele.
vou esquecer o infinito
toda a vida que há fora de mim .
hoje sou só eu e eu
e preciso desse momento
para reunir à força
meus pedaços, meus cacos.
hoje quero dormir
como se eu fosse morrer
para nascer na manhã que virá
e eu sei que ela virá
independente da minha vontade
e isso é bom.
vou vasculhar
nas cinzas da minha alma
a procura da fagulha divina
que sei que nunca se apaga
totalmente em nós
haja o que houver.