Dos escárnios sobre o luar,
Ou o desdém do dia quente.
Onde se arranca as asas de um pássaro,
E perpetua a crueldade vigente nas mãos trêmulas.
Como um vampiro, e sua taça
De vinho tinto de sangue impuro.
Ou o escravo eterno do absinto,
Que envenena a lucidez e dilacera o real.
Se cair sobre o rosto do relés,
O véu fino que esconde a alma,
Fazem das madrugadas o abrigo fiel,
E voam para longe os corvos do desconsolo.
Restando suas penas secas ,
Que caem sobre chão frio e empoeirado.
Pérfido mesmo nas crenças inexistentes,
Decente nos atos hostis.
Tal que a alma escorreu pelos esgotos,
Sussurraram palavras de espinhos.
Cortaram a carne do vil, e o deixaram sangrar.
Do coração, rosas mortas e árvores sem frutos.
Os tragos finais do cigarro vital,
Dissipados em fumaças impuras, amargas!
Cinzas se formaram, perdendo-se em cada rua.
Arrancados pelos ventos, os traços de tua humanidade.