Submerso
Existem lacunas que jamais serão
Preenchidas no íntimo que se perdeu,
Rosas não vivem em jardins mortos,
Mas suas pétalas voam ao redor com o vento.
Como fénix que resurge das cinzas
Do seu próprio cadáver consumido por chamas.
Algo tenta ressurgir no vazio que domina,
Um rosto estático frente ao espelho da alma.
As maldições que perseguem,
Nos olhos de vênus encontro meu fim.
Os sussurros da voz doce, meu castigo que
Em amores esquecidos a boca despeja veneno.
O vazio odioso do olhar perdido,
Traz o brilho de uma supernova,
Colapsando no abandono do universo,
No último lampejo de amor partido.
Lembranças de outrora, traz consigo
As correntezas desesperadas,
Com sabor de álcool e saudade.
Me afogando por completo.
Na falta do ar vital resta o desespero,
De um tempo que se foi.
E na minha última taça sigo submerso
Enquanto tento gritar teu nome em vão .