A NAU que veio para o bem

 

“Como gostaria que o hoje não tivesse amanhecido...

Senti desde de ontem que isto iria acontecer!

Não acreditei que tudo já estava previsto

E que eu escaparia e iria continuar a viver”

 

ZÉDIO ALVAREZ

 

Foi mesmo uma premonição

O teto do mundo desabou

Numa ruptura do coração

De um grande dissabor

 

Meu barco ficou no meio do mar

Sem rumo e sem rota do destino

Sem nenhum porto para atracar

Talvez a morte fosse o caminho

 

Ainda bem que foi um pesadelo

Eu, timoneiro da Nau Catarineta

Nos mares revoltos de Cabedelo

Em terra firme, encontrei Marieta

 

Deixei de ser um Capitão General

Fui morar nas areias de Cabo Branco

Não precisei voltar para Portugal

Com ela eu danço fado e fandango