O bilhete

Eu recebi um bilhete,

Bem escrito e assinado.

Ele trazia um sinete

Num chiclete carimbado,

Impressos dois corações,

Sendo um de cada lado.

Contendo muitas razões,

O bilhete veio lacrado.

Falava de um tempo bom,

Que já estava no passado.

Mas deu um beijo de batom

Naquele papel dobrado.

Explicou naquelas linhas,

O que nunca havia contado.

Até coisas que eram minhas,

Que eu não tinha revelado.

O sinete de chiclete,

Achei bem inusitado.

Com o bilhete da Ivete

Eu fiquei desconfiado.

Disse que gostava de mim,

Mas que já havia casado.

O homem a quem disse sim,

Foi seu primeiro namorado.

Estava comunicando

Pra tudo ser acertado.

E com isto estava dando

O caso por encerrado.

Recife, 07/07/2024

Sugiro, a quem interessar, a leitura das poesias relacionadas, para melhor compreensão do texto:

1. Ivete

2. A resposta da Ivete

3. Ivete pede desculpas.

Luís Xavier
Enviado por Luís Xavier em 07/07/2024
Reeditado em 07/07/2024
Código do texto: T8101751
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