Viagens
Sobre as nuvens, rosas, cinzas, bem vermelhas, invade os céus, estes olhos.
E o metal de distâncias, não reconheceu, o homem tolo.
Perambulou na esfera de dor, o aprendiz, pobre cego.
Que demorou um ponteiro, e a ampulheta cansou, até aprender.
E sendo assim, bem hábil, livre, conhecedor dos mil céus, pôde então, tão viajar.
E elevar sobre os mundos, e semear o amor, falar com as fadas, com as borboletas.
Voar por entre as asas, daqueles pássaros reluzentes.
E ver do trono do alto, lá do saber, do infinito, um homem tão bem menino.
Amar como um deus, tão sábio como um demônio.
A terra somente um ponto, no cosmos, no plano x, do cume alto, universo, contemplando o sol nascer.
Sobre as nuvens...
João Francisco da Cruz