QUEDA Livre... Luiz Poeta Luiz Gilberto de Barros
QUEDA Livre - Luiz Poeta - com todo respeito e reverência aos talentosos e criativos escritores de todos os estilos
Concretismei um verso livre.
Soltei-o no vazio da lousa
como gota de tinta
soprada eolicamente dos tinteiros mayakovskypignatarianos.
Neologismei surrealismos
na boca sedenta
das páginas pictóricas
ávidas por morder a carótida azul
da minha trôpega esferográfica.
... e percebi-me
! atônito !
... mais um psicótico acumulador
de desvairadas críticas anti-românticas
e
de todas as cópias
de todas as já clássicas
modernidades
antropofágicas
a
t
e
r
r
o
r
ousado
ante todos os imbatíveis e imortais lirismos
românticos
todos os elegantérrimos
blackties parnasianos
todos as metafísicas sinestesias simbolistas...
todos os distintos biológicos Angelicais Augustos e os antitéticos Gregórios... satírico - celestiais
sob as piedosas e en-fadadas e ensaísticas retinas
dos sábios livros de todas as teorias literárias.
Por não saber grafitar poesia
pichei,
- despudoradamente -
a indefesa página
perplexa
da minha pseudo-revolucionária
poesia
C
O
N
C
R
E
T
I
S
T
A
Boc-agi:
Gullar-armei-me
Tiag-amei-me
Leminks-kalmei-me
Viniciei-me
Pessoa-lisei-me
FlorbelEspanquei-me
Verde-amarelei-me
Pau-Brasi-limei-me
Silen-Ceciliei-me
Régio-redimi-me
é até ousei Camone-ar (oxigenei-me)
sobretudo
... LuizGilbertei-me
e , enfim, deixei o desfecho
por conta do meu incrédulo,
incomodado
revoltado
ou... admirado cúmplice
interlocutor
Ah... dormi lendo um autêntico Quintana (que sono bom!)
...
Luiz Poeta - Luiz Gilberto de Barros Rio de Janeiro Brasil 23519