Sobre o apocalipse.
Os religiosos esperam pela volta de Jesus;
Talvez ele volte, mas não da forma esperada;
Virá a cavalo e será o último cavaleiro do apocalipse;
Com uma carta na manga, aquela que não está escrita nas escrituras; Ele irá nos pescar feito Tainhas, tainhas nadando em solo seco;
Sua rede anilhada estará em chamas, não, em chamas não, mas ardente como o fogo;
Para nos salpicar em brasa, todos juntos, de uma só vez, amontoados e sufocados, desesperados pelo ardor da rede;
Sem preconceitos, homens e mulheres, brancos e pretos, indígenas e amarelos, crianças e velhos, pobres e ricos.
O sofrimento durará dias, semanas, meses e anos. E
Ele ficará lá de cima, observando, junto de seu pai, que um dia tanto nos amou.
Seu pai coça a barba com desprezo, e arrependimento, enquanto ele sorri, um sorriso irônico, que carrega um pouco de vingança;
Vendo a gente definhando, queimando e rezando para poder morrer.