VASOS E JARROS
Na estante estava guardado,
O lugar para vaso ou jarro.
O espaço não podia ser alterado,
O tamanho e a largura eram selados.
A estante vazia, mas íntegra,
Por um jarro foi preenchida,
Parecia que lá caberia.
Ao lugar ele não pertencia.
A estante notou que o jarro,
Não servia ao sentir o contato,
E moveu-se de lado a lado,
Forçando o sair desse jarro.
Outro dia foi a vez do vaso,
Confiante de ocupar o espaço,
Escalou a estante, que rápido,
Derrubou-o fazendo em pedaços.
À sua frente a estante vizinha,
A olhava e maldosa dizia:
"Desse jeito vai viver sozinha",
"Nenhum vaso ou jarro quer tua companhia".
Algum tempo então se passou,
E a estante vizinha expirou.
Desfrutado seu apoio e espaço,
Por um vaso pesado guardado.