Letras Surreais
Perdoem a minha irreverência
Minhas letras são meia ousadas
Mas não usam a linha da saliência
Se escrevo sobre uma picadura
Não é uma ousadia, uma picada
É a agulha da sessão da acupuntura
No ritmo noturno de uma enxurrada
Uma pedra, tem algo que lhe perfura
“A água mole, de tanto bater ela fura”
Eu me tornei um poeta catedrático
Bem mais que um barbo irreverente
Tento rimar meus versos pragmáticos
As minhas letras fazem lindas piruetas
Elas querem voar com as borboletas
Antes de sair do casulo das mariposas
Imagem da Internet