Epifania

Epifania

Delasnieve Daspet

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Os ramos de madressilva flutuam sob luar.

Um copo vazio na mesa do bar.

O perfume, suspenso no ar.

Os sonhos, notas que dançam na

Canção de ninar.

Esfinge, um olhar perdido na janela.

Permanece o sussurro insensato

De promessas não cumpridas.

No grito do silêncio, a sombra da morte

Como a teia de aranha que segura a mosca.

Seus passos somem na imensidão.

04.05.24