Ivete
Era uma periguete
O nome dela era Ivete
O sobrenome eu não sei.
Não era de família conhecida.
Era um tanto atrevida
E mastigava um chiclete
Com a boca que já beijei.
Quando a deixei em prantos,
Sem importar seus encantos,
Assim mesmo eu a deixei.
Ignorei os seus lamentos,
Fugi dos seus olhos atentos
E estraguei os seus planos.
Para ela jamais voltei.
Agora minha consciência
Só reconhece a indecência
Que contra ela pratiquei.
Vivo lembrando o passado
Sem ter ela do meu lado.
Afirmo com veemência:
Nunca mais a encontrei.
Sarajevo, 28/04/2024