Juramento

Quando infelizmente vi

que a minha eterna querida mamãe

estava chegando o seu momento

daqui verdadeiramente se passar,

sentados na mesa da cozinha

onde juntos escrevíamos

incontáveis poemas, de fato,

numa forma de agradecimento

pelos sempre constantes incentivos

por ela recebido para continuar

a escrever após ela se passar,

decididamente lhe jurei

que, se dependesse de mim,

iria com toda fibra escrever

como também publicar, é claro,

mais de cem livros solos

assim como neles abordar

literalmente de tudo!

Porque, quando daqui partir,

quero ficar naturalmente conhecido

como um simples poeta semicego

mas, que de tudo narrou por certo.

Silvio Parise
Enviado por Silvio Parise em 21/04/2024
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