Nas muralhas da dor
Construí o meu amor
Pintei-as com as mais lindas das cores
Fluorescente como o brilho do sol banhando o mar
Vermelho como sangue que percorre das minhas veias
Obstruídas pelas mãos de um tempo infiel.
Enfeitei-as com as mais lindas das flores
Com cores vibrantes que devoram o arco-íris
Que trás luz à vida
E vida à luz da morte.
Meus olhos ficaram cegos
Pelas belezas de um falso amor eterno
Eternidade que se ofuscaram com as incertezas de um destino cruel.
Construí o meu destino nessas paredes frias e
sombrias
Apesar das trevas que me cegam
Não me sinto amedrontada
Pois me acostumei com a face do medo
Fazendo dos meus demônios
Meus amigos fies.
Minha única esperança???
Um amor que não se vê
Que não se sente
Nascido de uma fé um tanto descrente
Que nunca existiu aos meus olhos
Mas continua sempre presente.