Nas muralhas da dor

Construí o meu amor

Pintei-as com as mais lindas das cores

Fluorescente como o brilho do sol banhando o mar

Vermelho como sangue que percorre das minhas veias

Obstruídas pelas mãos de um tempo infiel.

Enfeitei-as com as mais lindas das flores

Com cores vibrantes que devoram o arco-íris

Que trás luz à vida

E vida à luz da morte.

Meus olhos ficaram cegos

Pelas belezas de um falso amor eterno

Eternidade que se ofuscaram com as incertezas de um destino cruel.

Construí o meu destino nessas paredes frias e

sombrias

Apesar das trevas que me cegam

Não me sinto amedrontada

Pois me acostumei com a face do medo

Fazendo dos meus demônios

Meus amigos fies.

Minha única esperança???

Um amor que não se vê

Que não se sente

Nascido de uma fé um tanto descrente

Que nunca existiu aos meus olhos

Mas continua sempre presente.

Silvana Silva poetisa
Enviado por Silvana Silva poetisa em 22/03/2024
Código do texto: T8025409
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