Decifra-me
Teu nariz é um muro
Essa tua face concreta
Teus olhos de gato egípcios
Minha alma negra na Abissínia já
Afunda nas fossas das Marianas
Mas eu te encaro no espelho
Tatuei-te à noite nos fundos da casa
À espera enquanto flutuavas
[na tua banheira de rosas
Tu também és uma vítima
Mas também és culpada
Somos desertores da religião
Falar assim, a língua ao palato
É tão bom quanto vinho,
Arte e música clássica
Mas tudo o que eu preciso é arrebentar-te
[todos os teus poros
Na hora da fúria como raio