Decifra-me

Teu nariz é um muro

Essa tua face concreta

Teus olhos de gato egípcios

Minha alma negra na Abissínia já

Afunda nas fossas das Marianas

Mas eu te encaro no espelho

Tatuei-te à noite nos fundos da casa

À espera enquanto flutuavas

[na tua banheira de rosas

Tu também és uma vítima

Mas também és culpada

Somos desertores da religião

Falar assim, a língua ao palato

É tão bom quanto vinho,

Arte e música clássica

Mas tudo o que eu preciso é arrebentar-te

[todos os teus poros

Na hora da fúria como raio

Eli Jardel Alexandre
Enviado por Eli Jardel Alexandre em 28/02/2024
Código do texto: T8009376
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