Amor insólito
Sobrevoavam a cidade no fim de tarde
Como morcegos sem serem morcegos
Assombravam de intranquilidade o sono
Do rapaz que queria dormir
Que morderam a vaca no pasto
Que não poderiam seguir para o estrangeiro
Como seu amigo
Pássaros que eram, não poderiam entrar
Numa viagem de navio
Logo ficavam enjoados com a deriva
Sapos que eram, sob a chuva grossa no convés
(Me olhe bem nos olhos, solte a minha mão)
Piratas praticantes da pirataria
Policiais dos maus costumes
E do descumprimento das leis
A deslizar. . . pelo lago congelado
Até os meus pés e o nosso olhar de encontro
Finalmente a terra firme (sob a neve)
Do bosque atrás do bairro (em que te beijo)
De volta à cidade das casas e das chaminés no inverno
Deslizaste até aqui em sonho
Com teus pés em fogo?
A tua fúria e a tua natureza sob a qual deitaste
E sob a qual respiraste?
(Estou terrivelmente apaixonado)
És uma nuvem de gafanhotos
És uma ave marinha gigantesca e pré-histórica
Que chegou aqui pingando