PÁSSARO SEM ASAS

lá vou eu nas águas mansas

do ribeirão de minha vida

recebendo os raios de sol

apoitar a chalana no remanso

pro merecido descanso

o anzol nas profundezas

respeitando a natureza

a sua exelência o peixe

que venha a ter comigo

pra fumar-mos o cachimbo

e despairecer nas águas mansas

acreditando na esperânça

de um porvir melhor

pois o marásmo é pior

quem não chora não mama

lágrimas não pagam dividas

mas branqueiam os cabelos

eu gosto é de olhar o céu

pra deus tirar o chapéu

e lhe proferir um verso

pela imensição do universo

todas as estrelas planetas

os sois as galáxias

rochas de todos os tipos

o mundo animal

o reino vejetal

e tudo mais que o valha

formando a grande malha

interestelar do sistema

e é aí que a imaginação

cobre-se de curiosidade

a minha mente insana

ao rever cada noânse

isso está fora do alcanse

da engenharia humana

então na fria madrugada

o breu silencioso da noite

me fecho dentro de mim

sufocando a minha mágua

o anzol no fundo d'água

e como um pássaro sem asaS

cabisbaixo volto pra casa.

autor: VAINER DE ÁVILA

GRUPO POETAR CIA DO PORTO

TEATRO E LITERATURA CAPÃO DA CANOA RS

Vainer de AVILA
Enviado por Vainer de AVILA em 31/12/2007
Código do texto: T797826
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