Deixo há esse ano
Que se despede
Toda minha gratidão!
A absorção vai comigo;
Contá-la-ei as tantas...
Deixo ao livre-arbítrio
Imagens floridas
Nos vales de minha alma
Que este ano viu
Florescerem dias santos...
A esse ultimo minuto
As mãos cheias
De rosas perfumosas
E os dilúvios que passaram.
E ao ultimo segundo
A estrela que lentamente
Passa, luzindo retábulos
De risos chorados das penas
No coração que pulsa
A vida da morte do que se vai...
Galopar no dorso do Vento
A sintetizar o verso profundo
Olhando o que emudeceu
Com as dores do mundo.
Poemas pro inverno absorto
A úmida folha trinta e seis...
Que compôs um ocaso
Carpindo a distancia
Pro entardecer fugidio
Das tantas nuvens negras.
Aureolas de poeiras brancas
Que acinzentaram frutos
Da melancólica natureza
Explicando a torpeza
Da humanidade insana
Dilacerando troncos
Secos, versos de murchas folhas...
Recitados a picadas implacáveis
A chorar rimas de tristeza
Por seres mutilados nas savanas
Deixo ao ancião dos dias...
O canto moribundo do carrilhão
Anoitecendo peito incompreendido
Pelo fel dos favos ontem sorvidos...
Pela insone incompreensão;
E a esta lúdica noite ao espocar
Dos fogos de artifícios
Minha verve rouca a entoar
Ao infinito o som da harpa
Que os Poetas tocam...
Solfeja o Vento, adeus Ano Velho
Feliz ano novo, e a Paz revogam
Prateando a ânsia do firmamento;
Dourando o que o Bardo descreve.
A esse reino do nada, estrofes
Borbulhadas em Rima tilintam cristais,
Erguem brinde embebedando fantasmas
Que assombraram as veredas dos dias.
Feliz Ano Novo!
“A Poetisa dos Ventos”
Deth Haak
Cônsul Poeta Del Mundo – RN
SPVA. Sociedade dos Poetas Vivos e Afins do RN
AVSPE
UNEGRO
“Natal um Mar de Poesia e Paz”
Brasil de 24 a 31 de maio 2008 espero vocês!
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