Transe
Transe
Despencou meu coração
Da ladeira de Sísifo
Vi-te transe
Carregando uma pedra
Do tamanho do teu encanto
Ajuntei cipó e tamarindos
Pra ir-te conquistar
Eu um tolo cangaceiro de conquistas
Em cuja peixeira sangrei solidão
E capei minhas penas
Tentei amarrar-me a ti
O nó cego das cordas
Avistou-me naufragando
No cais dos porcos
Escapei laçando tua alma
Beijando teu rosto afogueado
Pelas brasas do meu rancho
No quintal da mansão do patrão estoico
Escrevi uns versos filosóficos
E acordei