REMINISCÊNCIAS... (Quintilha)

Tropeço em vagas lembranças, digno de lástima!

Amor guardado na memória, inconscientemente

Paixão onerosa que me inundou como dádiva

Dissipando-se nos fulgores dos olhares marejados

E perdido na imensidão do firmamento toldado.

 

Disperso olhares na vastidão do índigo mar,

Donde lágrimas sucumbem à maresia, interlúnio!

Que, de tão caudalosas, singram undívagos!

Salpicando às águas transparentes desse neptúnio!

Por sôfregas evocações de um amor nubívago.

 

Antigamente, os verdores dessa afeição sincera, coesa...

Transmutaram-se calejados em amor de refulgência ilesa,

Donde teus magnos amplexos, vigorosos e plurais,

Remontam-me àquela paixão tersa e insepulta.

Amor genuíno que divaga excelso na atmosfera gris.

 

Ah! reminiscências que desanuviam quimeras torturantes

De um corpo cediço resiliente às "madrugadas viscerais"

São delírios desvairados que serenizam minh'alma anelante

Donde o exício esgueira-se como uma fausta notícia,

Rumo à morgue num dédalo de elocubrações transcedentais.