Ciranda Epopéica

Ciranda Cirandinha

Vamos todos cirandar

Vamos dar a meia volta

Volta e meia vamos dar...

(Cancioneiro Popular)

A roda da vida começa a girar

Tudo a ela devemos rendição

Seja Rei, plebeu ou ladrão

Nascer, crescer, morrer e... Sei lá

Somos todos geocêntricos?

Ou seria... Egocêntricos?

Nós somos o nosso Sol

Giramos em torno de nós!

Porém nunca somos feitos

E sim desfeitos, refeitos e imperfeitos...

Gira ciranda da vida!

Vida cirandando a girar!

Quando temos algo na mão

Queremos a ele soltar

Mas quando a mão está decepada

Estamos loucos pra algo pegar

Somos réus da vida e da morte

Julgados com o peso do azar e da sorte

Com um tribunal de teto azul

Temos que procurar o advogado certo...

Inocente ou culpado?

Quem sabe a morte dirá...

No sítio cipó eu andava em jumento

Mas a novela me fez a moto andar

No forró da cotó, vou de roupa e carro novo!

Ou quem sabe, eu não vá pra Sampa de jatinho?

E ladainhando os versos novos

A galegona tornou-se a falar:

Compre! Compre! Compre!

Já! Já! Já!

Depois do ato consumado

Seja com ela no pensamento

Ou na loja no sábado

A voz me recai:

Usar...Usar...Usar...Usar?

Deixa pra amanhã