A noite madrasta
Chegam as horas mortas da madrugada/
Tomadas de alienação e de sofrimento/
Muitos se medicam para esquecer/ Outros; para não mais lembrar/ Sensações desveladas quando se precisa viver/ A noite é uma aterradora madrasta/ Que traz a dor e imprime vãos pesadelos/ No silêncio soturno, grita a consciência/ Deus e o Diabo te observa a espera do teu chamado/ Não adianta fugir dessa vil prisão/ Uma angústia te aperta o peito/ O gosto amargo da solidão/ As paredes mudas vigiam tua aflição/ Mãos que procuram outras mãos, em vão/ Seus pais não te ouvem mais, que pena... descansem em paz!/ A penumbra se esvai com os primeiros raios de Sol/ Mais uma batalha vencida/ Até quando o destino quiser/.