Desvios da estrada

O último grito ouvi de mim

antes de arredar-se a coragem

e meus olhos irem-se

desbravando a fuga

e tecendo o desespero.

Voltar não rimava com nada

e vagueei por estradas

sem nortes de idas,

sem vindas avistadas.

Ir-me era melhor do que ficar

e fui!

Hoje chego-me cedo do que tardeei

e apenas porque cheguei

acho de voltar-me.

Não gritarei mais.

E o silêncio, a arma,

devo entregar às estradas deixadas por onde nunca cruzei.