Paradigma

Uma viagem sem fim

no outro fim do acabou

assim seguir o infinito

sem letra a soletrar

sei lá, apenas mudar

girando a roda da vida, desenquadrar

com sombra a assombrar

um calcanhar retalhado

deixando o cheiro espalhar

no tempo que desertou

quebrar o x da questão

futuro, ausente e passargado

respirar no meio do nada

lenhar o resto a colher

sem rota presa ao mapa

num vai sem o vem

na cara a doce ilusão

feição a se desfazer

quebrando a interjeição

no mais murmuração

surgindo do nada outrora

cobrindo-se em si sem sentir

Paradigmando-se por opção

parando

parando