Nos ponteiros do tempo - Instantes - XXXVIII
Como sei,
meu áptero
passarinho,
como são assustadoras
as luzes dos sapiens
e seus risos desgovernados,
sei bem,
como nos assombra
as futilidades e as
doses bebidas
em vão,
também sei
que para nós o
deserto é nossa
maior lágrima e nossa
mais grandiosa vitória.
Sem personas,
exílio certo.
Poesia como
entorpecente.
Reconheço -te!