Um Verne numa verve

 

Fiquei perdido numa estrada

Absorto carregando a saudade

Pelos caminhos que me levava ao nada

Eu sempre sonhava com a liberdade

 

Fui levado pela vida sem destino 

Sob os olhares do meu desespero

Do maroto sorriso veio meu medo

Dei voltas ao mundo como peregrino

 

Gritei para o universo me ouvir

Fazendo ecos pelos quatro cantos

Queria eu continuar, sem de mim fugir

Vendo as miragens dos meus espantos

 

Como um poeta vagando à toa

A saudade me levou para o além

Me fiz de fingidor sem ser “Pessoa”

Viajando nas terras de ninguém

 

Em anos luz cheguei no túnel do tempo

A luz de lá desapareceu num nevoeiro

Sem enxergar a sombra do meu pensamento

Despertei de um triste sonho derradeiro

 

Retornei ao meu habitat natural

Num estalo da mágica, veio um grito

Matei a saudade ao chegar no meu nicho

Depois da longa viagem no espaço sideral

 

"Estou de volta pro meu aconchego"

 

 

Imagem extraída do Google

 

 

Zédio Alvarez
Enviado por Zédio Alvarez em 14/10/2023
Reeditado em 14/10/2023
Código do texto: T7908262
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