Quisquose
Homenagem a essa música deslumbrante de Cocteau Twins
Não sou mais eu
Agora: outra consciência
Acima do concreto
Das nuvens suspensas
Dentro de um poste
Sou Ninguém e Tudo
Uma chama do universo
queimando o meu vulto forte
Sou essa música,
Quisquose
Um transe profundo
chamado Arte ou Posse
Sou um corpo flutuante
Da alma que risca o vidro
Camadas que se juntam às vozes
Etéreos desejos que nunca se realizam
Imaginação de mundos, recortes
que se encontram e se distorcem.
Olhos tectônicos se excitam
E eu me balanço da forca-vida, do seu absinto, mais um gole
Meu ritual é a música que eu sinto e grita:
Sorte!!
E quando o seu ritmo termina
Seu fim é um vazio silêncio, o mesmo som de morte