Desencontro Celestial
Nesta noite, avistei a lua de prata a brilhar,
Na companhia de uma imensa solidão,
Sentindo uma dor profunda por não saber amar,
Ouvindo os lamentos do seu doce coração.
Na manhã seguinte, o sol de ouro esquentou,
Ainda sofrendo por uma paixão recente,
Segurando as lágrimas que ameaçaram rolar,
Com a mente envolta em uma grande confusão.
Uma estrela ouviu contar a lenda que se erguia,
Uma triste e bela história de amor,
Entre o sol de ouro radiante e a lua de prata fria,
A pequena lua de prata, alegre, esperava com fervor.
Aguardava o sol de ouro pela longa madrugada,
Confiando na magia da noite, acreditava,
Mas cansou-se, não o viu, partiu enganada,
Enquanto o sol de ouro chegava, calor irradiava.
Aguardando a lua de prata no dia ardente e claro,
Toda manhã, com esperanças renovadas,
Mas, novamente, o amor se mostrou raro,
O sol partiu, a lua descontente e machucada.
Fiquei surpresa ao descobrir, com tristeza no olhar,
Como o destino interferiu nas vidas dessas estrelas,
A lua de prata e o sol de ouro, sem sorrir, a suspirar,
Brincaram com o amor, deixando cicatrizes na aquarela.