ESPELHO
Sinto-a a contrapelo
Como se ao
Espelho, estivesse.
Lembro-a
Quadro a quadro
Naquele quando a
Quando do se
Faço, faz, se
Digo, diz, de
Mim o que de
Mim não sei.
O que sei, é
Essa tua mão
Reflexa ao
Vaivém palavras
De palavras a
Nascer nestas
Terras vazias, as
Que me deixa
A não me deixar
Tua ausência/presença.
E assim insisto, deliro, e
Sigo a percorre-la
Tal, terras devolutas…
Ao que, teus olhos
Acham-se aqui,
Acho… E dizem:
Isso é tão
Um poema.
Quem o escreve? Não
Importa mão. É nosso!