PRECISO
Preciso me encher de beleza
de onde nascem os lírios,
onde a mãe natureza
desabrocha seus filhos.
Preciso me encher de beleza
quando canta o galo,
tangendo no silêncio da madrugada
seu coração alado.
Preciso me encher dessa beleza
que não dá culpa,
que não dá lágrima.
Que, como um sonho sorrindo
me passe todas as falas
dos animais, das flores e do infinito
onde jamais as estrelas se calam.
Preciso dessa beleza
para respirar, para viver.
Por favor, não fechem minha janela
para esse sol que me viu nascer.
(Republicacao de 2016, que dedico
ao meu amigo escritor Bernard Gontier)