NOTURNO DE SETEMBRO
Olhamos os campos,
a natureza que se levanta toda amanhã.
Nada lhe pesa. Uma cortina entre as dimensões
- construida pelo Criador.
Um longo instante para o meu cérebro
e ela vai dormir.
Reconheço suas pálpebras cerradas
no fogo que brinca de esconde-esconde.
Ela imobiliza seu vestido verde
e ele lhe dá as costas.
Fecho também meus olhos.
Fujo para dentro de mim mesma,
no imenso pátio de minha alma.
- Um violino toca
para a platéia da minha saudade.
Imagem: Google