NOTURNO DE SETEMBRO

 

 

Olhamos os campos,

a natureza que se levanta toda amanhã.

Nada lhe pesa. Uma cortina entre as dimensões

- construida pelo Criador.

Um longo instante para o meu cérebro

e ela vai dormir.

Reconheço suas pálpebras cerradas

no fogo que brinca de esconde-esconde.

Ela imobiliza seu vestido verde

e ele lhe dá as costas.

Fecho também  meus olhos.

Fujo para dentro de mim mesma,

no imenso pátio de minha alma.

- Um violino toca

para a platéia da minha saudade.

 

 

 

Imagem: Google

 

Lúcia Constantino
Enviado por Lúcia Constantino em 04/09/2023
Reeditado em 04/09/2023
Código do texto: T7878034
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2023. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.