Incógnita
Aquele clarão na mata aterradora,
Revelava algo de surreal,
Uma magia que ali estava,
Obra do mundo sobrenatural.
O observador primata,
De tez nua e olhar curioso,
Tudo via,
Tudo sentia,
Na sua elucubrada mente,
Uma desafiadora incógnita,
Com o intratável sabor de fantasia.
Os mistérios,
Há!
Os mistérios que povoam o ideário humano,
Podem até parecerem peripécias,
Frutos fecundos,
De pensamentos insanos.
De certa forma temos sempre uma interrogação mental,
Pairando em nossa cabeça primata,
Um peso que nos deixa disléxicos,
A ponto de nebular nossa razão.
Criamos muros demais,
Contudo!
Há pontes a nos interligar de menos.
A transição das eras,
É divida por linha tênue,
Quase que insignificante.
As escalas humanas,
São demarcações banais,
Cronologicamente arbitrárias,
Agentes facilitadoras da compreensão.
O mundo natural permanece,
Um espaço cósmico que se desvaece,
Pouco a pouco em transição contínua.
Nossa mente povoada por prodígios,
É campo fértil para a imaginação,
Que mexe profundamente com o coração,
E retrata um sentimento de dúvida,
De angustia e total,
E incerteza no advir.
A incógnita,
O mistério profundo,
São fatores aqui coloquiais,
Mas fazem parte do ser,
As razões profundas,
Arraigadas no existir humano.