Incógnita

Aquele clarão na mata aterradora,

Revelava algo de surreal,

Uma magia que ali estava,

Obra do mundo sobrenatural.

O observador primata,

De tez nua e olhar curioso,

Tudo via,

Tudo sentia,

Na sua elucubrada mente,

Uma desafiadora incógnita,

Com o intratável sabor de fantasia.

Os mistérios,

Há!

Os mistérios que povoam o ideário humano,

Podem até parecerem peripécias,

Frutos fecundos,

De pensamentos insanos.

De certa forma temos sempre uma interrogação mental,

Pairando em nossa cabeça primata,

Um peso que nos deixa disléxicos,

A ponto de nebular nossa razão.

Criamos muros demais,

Contudo!

Há pontes a nos interligar de menos.

A transição das eras,

É divida por linha tênue,

Quase que insignificante.

As escalas humanas,

São demarcações banais,

Cronologicamente arbitrárias,

Agentes facilitadoras da compreensão.

O mundo natural permanece,

Um espaço cósmico que se desvaece,

Pouco a pouco em transição contínua.

Nossa mente povoada por prodígios,

É campo fértil para a imaginação,

Que mexe profundamente com o coração,

E retrata um sentimento de dúvida,

De angustia e total,

E incerteza no advir.

A incógnita,

O mistério profundo,

São fatores aqui coloquiais,

Mas fazem parte do ser,

As razões profundas,

Arraigadas no existir humano.

Daniel Marin RS
Enviado por Daniel Marin RS em 01/08/2023
Código do texto: T7851339
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