Nos ponteiros do tempo - Instantes - XXIX
Houve um tempo
que eu te esperava
com a vaidade
dos tolos,
nesse tempo
você era para
mim uma tempestade
desgovernada,
houve um tempo
que não precisei mais
te esperar,
me refazendo
vi que eras comum
como são todas e
quaisquer ervas daninhas.
Houve um tempo
que precisei de ti,
de seus verbos afiados,
e do seu egoísmo tão
demasiado humano,
houve um tempo
que sua mentiras
me serviram como
banquete num desastroso
palco interno.
Houve um tempo
para reincidência,
cometemos o mesmo
crime novamente.
Pecados capitais!