Ao Bom Sábio
Quão profundas são as trevas
que habitam em ti
E quão nobre é o papel de correto
que finges ser.
Se ao menos soubessem que tu és uma farsa
e que tua ética reluzente é apenas uma perfomance,
Não lhe sobraria nada do pouco que já tens.
De correto, não tens nada.
De fiel, somente tens tuas mentiras.
De feliz, lhe restam as interpretações que insistes
em fazer com aqueles que são iguais a ti.
Sei que a solidão lhe abraça em teu leito
assim como a corriqueira farsa de um
Homem justo e correto.
O abismo está logo ali,
Todos os dias te saudando com um “até breve”.