De mar a mar
O rum desértico de tua boca
é o álcool de minhas lágrimas
e a acidez do meu olhar
que para te amar
embriaga-se com água!
Guardo os tempos de tua alma
e lanço-me como oceano a comer rios
e sentir teu calafrio
quando o teu corpo sonda o meu
e há frevo em nossa cama.
Haveremos de muito beber
e em teu peito o meu peito ter
as palavras de tua pele aliviada
e por rum ou por cachaça
que se faça de nós, noutras estradas
caminhantes ao mesmo mar de volta,
cheio de água ou vódica,
por tudo, tudo embriagado!