ESTRANHO

Estranho.

Unicamente estranho.

Sem resplandecer nas profundezas.

A noite não é minha mãe.

Ao redor, eu vago. Ainda vago.

As coisas antigas não me deixam.

E me castigam.

Estou no peso exato da minha casa.

Dos que sentam no meu chão e não me pedem retorno.

Eu os conheço. Renasço com eles a cada novo dia.

São minhas folhas, meus frutos. Sem sementes.

Nas suas sombras me refugio nas tempestades.

e vislumbro névoas dançando na luz

que me suporta e me consola

e que nao destroi (sem sentido)

as minhas cavernas.